VOCÊ CONHECE: VELIMIR KHLÉBNIKOV ?

Oi galera, tudo bem?
Hoje eu vou começar uma coisa nova aqui no blog. Eu tenho aqui comigo uma edição da revista Coyote que traz muitas coisas bacanas como, biografias de escritores e seus respectivos textos, etc. Esse post vai ser dividido em várias partes que serão postadas em avulso.
Para quem não sabe, a Revista Coyote trata-se de uma revista de literatura e arte publicada pela Kan Editora. A distribuição é nacional e pode ser solicitada pelo site: http://www.iluminuras.com.br/v1/
Eu tenho comigo, a edição nº 26 que estava sendo distribuída na biblioteca do meu colégio.


Vamos então ao primeiro nome :


O MAGO DO ALÉM-SENTIDO
Esse é Velimir Khlébnikov (1885 - 1922). Como o nome bastante complicado propõe, esse é um escritor russo, ou melhor, um dos principais poetas da vanguarda russa. Ele utilizava características do cubismo e criava palavras novas e ininteligíveis, pelo fato de agrupar prefixos de uma palavra aos sufixos de outra , o chamado neologismo, causando ambiguidade ao leitor. Além disso, foi idealizador da chamada linguagem "zaum" ou "transmental" - que significa ao pé da letra, através da mente. Criou também, um novo gênero literário, a "supernarrativa" , que consistia em um texto longo marcado por muitos elementos independentes provenientes de outro gênero. A maior parte de sua obra foi dedicada à seus cálculos matemáticos sobre o destino da humanidade. 
Velimir Khlébnikov
O texto que eu mais gostei dele foi esse que disponho a seguir:

"Nós tomamos a raiz de -1 e nos debruçamos sobre ela, à mesa. Nosso Submarchalador era um bloco de vidro, pensamento e ferro, que voava, corria, mergulhava. Rodas, asas, rotores. Aquilo que se podia ver à janela do Subcargaladeiro ficou gravado em foto, com muito sucesso e rapidamente. Trabalhamos no estudo destes fotogramas. Eis, então, as faces dos que nos seguiam. Eis um bando de andorinhas. E gaivotas, espuma, água, peixes. Estávamos no mar, sob as águas, e ouvíamos os risinhos do inimigo do outro lado da esfera terrestre. Eu reajustei a posição para uma cidade distante e lentamente escolhia as palavras. Estava pensativo. Séculos militares passavam diantes de mim." (1916)


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